Erros ou Falhas?

Para Pit Corder(1967) , teórico importante nos estudos da aquisição de segunda língua, diz que o foco no erro dos aprendizes não deve ser considerado como “maú habito” pra ser erradicado, mas serve com fonte de “insight” para o processo de aprendizagem. Afirma também que os erros provem da prova que existe um sistema de língua na cabeça dos aprendizes que estão usando essa língua estrangeira. Assim, podemos constatar que os erros são janelas até a mente dos aprendizes. Veja o que aconteceu com o Anderson, tanto erros que podemos fazer um ótimo estudo sobre o processo de aprendizado.

Exemplos de erros na fala do jogador Anderson:

Erros 1 ——————- Correção (Ele quis dizer…)
mi very happy ————-> I am very happy
mi my family ————-> My family is happy, too/ My family is also happy
me my friendizi ————-> My friends are happy

Erros 2 —————————– Correção (Ele quis dizer…)
They playes for me very very well —–> They play for me very well

Pergunta: Is that proof that you’ve been improving since you came to Manchester United?
“Essa é a prova que você está melhorando desde que você chegou no Manchester United?”

Erros 3 —————— Correção (Ele quis dizer…)
ya, I am big pruve ——> Yes, I am a big proof
I am pruve the passe ——> I have been improving the pass

Outra coisa, todos nativos geralmente cometem algum tipo de desvio quando estão se comunicando. Dessa forma, considero importante saber a distinção entre erros ou falhas. Erros refletem lacunas no conhecimento do aprendiz; ocorrem porque o aprendiz não sabe o que é correto. Esse deve ser o caso do Anderson no vídeo. Falhas refletem em lapsos ocasionais no desempenho; ocorrem porque, em particular, o aprendiz é incapaz de desempenhar o que ele sabe.

Pessoal, a teoria linguística de Chomsky fala que toda espécie humana tem um despositivo de aquisição da linguagem na mente. E que nascemos mentalmente programado para adquirir qualquer língua, basta estar no ambiente linguístico adequado. Toda aquisição será determinado por fatores biológicos. Aconselharia que vocês não entrassem nessa de preconceito linguístico. O caso do jogado Anderson é de aquisição de segunda língua. Não sei se ele está aprendendo inglês num cursinho lá na Inglaterra. Enfim, se estiver com certeza, ele irá melhorar muito seu desempenho na língua inglesa. Agora é normal que ele tenha algumas interferências da sua língua materna (a língua portuguesa) durante esse processo, mas quando ele começar a perceber que seu discurso pode ser incompreensível para muitos. Acho que ele terá mais cuidado com o discurso formal.

Eu como professor e pesquisador, agradeço muito ao jogador Anderson por ser objeto de pesquisa para todos os pesquisadores da área da Aquisição de Segunda Língua.

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